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PEDRO CALAPEZ

LAMEIROS

2012/10/05 a 2013/01/06

 

A condição arquitetónica, ainda que atravessada pelas mais inesperadas soluções formais e técnicas marcou sempre, como matriz organizadora e até estruturante, o trabalho de Pedro Calapez (Lisboa, 1953). A par dela, está a memória e um manancial de referências que desconstrói, depura e reinventa para criar fragmentados “campos polícromos de caráter abstrato”. Há no seu trabalho, permanentemente pautado pelo rigor e pelo método, uma predileção pelos grandes formatos ou, quando não, pelas composições agrupadas e pelas montagens cenográficas de feição teatral, que combina, num jogo de arquiteturas e de tantas outras estratégias processuais, para dar corpo a um trabalho que, continuamente, vem superando “os limites da pintura para adquirir os rasgos de uma instalação”.
A conjugação de técnicas e cruzamento de disciplinas, a utilização de novos materiais e de suportes não convencionais, a volumetria, o diálogo estabelecido entre domínios próprios da pintura com os contextos escultórico e arquitetónico ou na acentuada tendência para a instalação cénica, aproximam a sua obra do conceito de “campo expandido” defendido, em 1979, pela historiadora Rosalind krauss.
Quase sempre aplicada à espátula sobre os suportes, sejam as placas de alumínio, planas, torcidas ou recortadas, as monumentais e texturadas folhas de papel, o vidro temperado ou os tijolos industriais, a cor é o elemento dominante em toda a exposição. Pedro Calapez constrói sedutores e desconcertantes planos de cor, evocações de lugares, de paisagens, fragmentos ou parcelas de espaços não convencionais e outros tantos referenciais.
Centrada na sua produção mais recente, concretamente nos trabalhos realizados em 2011 e 2012, a presente exposição propõe ao olhar do visitante um campo visual muito diferenciado. Novos temas, formas, séries e abordagens parecem manter infinito o campo de possibilidades de uma obra que, num contexto contínuo de experimentação e interrogação, surge alicerçada, desde o seu início, na reformulação dos princípios académicos e protocolos conceptuais da pintura.

Comissário: Jorge da Costa
Produção: Câmara Municipal de Bragança
                 Centro de Arte Contemporânea Graça Morais

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