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APONTAMENTOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

COLECTIVA DE PINTURA, DESENHO, ESCULTURA E VÍDEO

2009/03/15 a 2009/05/05

 

Parece existir uma discussão alargada sobre a dicotomia Cidade/Campo que por vezes constrói definições formatadas. Esta dualidade impõe-se numa negociação de diferentes pontos de vista entre aqueles que vivem uma ou outra perspectiva, com o acréscimo dos que vivem as duas realidades opostas mas complementares. São nestas vivências em que se pode encontrar a veracidade entre os diversos conceitos propostos. De algum modo, a forma mais correcta de construir ideias colectivas faz-se a múltiplas vozes. Aliando experiência artística urbana à experiência rural, esta exposição pode, e deverá, ser um projecto onde ambas as partes melhor se revêem, reflectindo uma contemporaneidade cosmopolita, por um lado e, ao mesmo tempo, servir a população visitante.
Atendendo a isto, a escolha de algumas obras reflectem a urbanidade existente na cidade, enquanto outras procuram resgatar uma ruralidade pré-existente. Sem paternalismos nem imposições, tentou-se inferir e intervir na vida dos brigantinos na medida em que este contacto seja pertinente a todos os que nele participam.

O trabalho de Francisco Vidal ressoa no uso desenfreado de cidades, onde os graffiti podem ser considerados uma forma de arte ou uma forma de vandalismo.
Gabriel Abrantes apresenta-nos uma pintura em que a cidade é construída através de impressões fotográficas de monumentos e outros edifícios.
A árvore pesada de barro e as paisagens negras de Samuel Rama mostram uma ruralidade nostálgica subtilmente corroída pela presença urbana.
O vício que João Leonardo inala dos seus cigarros fumados ao longo de 10 anos denigre a imagem que a arte clássica edificou.
As cinzentas naturezas-mortas de João Francisco trazem consigo, não uma construção metódica a que este género pictórico historicamente ascendeu mas sim, uma desconstrução das ideias preconcebidas que povoam o senso comum.
Os desenhos de Pedro Gomes interrogam a intermitência das imagens citadinas.
As pequenas pinturas de Martinho Costa concentram-se na mediação entre imagens reconhecidas e imagens impessoais.

Comissário: Hugo Dinis
Produção: Câmara Municipal de Bragança
                   Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Colaboração: Galeria 111

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