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CADERNOS DA MONTANHA

2013/12/21 a 2014/06/29

 

A natureza, projetada entre o vigoroso colorido e a gradação de matizes sépia ou da grafite, é denominador comum na nova série de trabalhos de períodos muito diversos que agora se apresenta.

Graça Morais sempre representou a sua intensa ligação ao campo, numa aparente necessidade de eternizar o efémero, que ora cristaliza em manchas figurativas, ora lhe desmaterializa as formas, não deixando mais que a minúcia dos contornos mínimos.
Frutos, flores silvestres, ramos de oliveira ou tubérculos são alguns dos referentes que aqui abrem simultaneamente a obra a territórios de silêncio, de sensualidade e fertilidade ou tão-somente à passagem cíclica das estações.
Sala a sala, anuncia-se a epifania de um tranquilo e minucioso trabalho de pesquisa e a expressividade da emoção que a artista redescobre e transfigura depois em cada desenho ou pintura, que têm em comum o papel como suporte.
Adscritos a uma cartografia que ora transita entre os exuberantes e espontâneos coloridos da primavera, as fartas colheitas outonais ou as gélidas neblinas de inverno, ora se anuncia, numa festiva sinestesia, pela profusão de cores, odores e sabores, ou até mesmo nas sensações de frio ou calor.
Mais do que a figura da mulher, que aqui surge apenas, de quando em vez, em vagas silhuetas, é o registo caligráfico do momento que complementa, como um diário, o que ficou por dizer pela pintura.

Comissário: Jorge da Costa
Produção: Centro de Arte Contemporânea Graça Morais | Câmara Municipal de Bragança

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