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Projeto

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O projecto arquitectónico do Centro de Arte Contemporânea é da autoria do arquitecto Eduardo Souto Moura. O plano incidiu sobre a recuperação e ampliação de um antigo edifício solarengo do século XVII. As obras tiveram início em Outubro de 2004 e prolongaram-se até Junho de 2008.

A infra-estrutura é composta por três corpos distintos: o1º, o edifício existente, o Solar dos Veiga Cabral, ou antigo Banco de Portugal; o 2º, construído no antigo jardim do solar, funciona como área de ligação entre o solar e o novo edifício, uma área de exposições e de serviços e ainda de jardim e esplanada e o 3º, voltado para a Rua Emídio Navarro, corresponde principal nave de exposições temporárias.

Para a recuperação e adaptação do 1º edifício foi demolida parte do existente, nomeadamente os elementos estruturais horizontais do seu interior e cobertura, assim como jardins e construções anexas, de forma a reconstruí-lo como antigo Solar, recuperando a sua traça original, modificada por intervenções sucessivas. A reabilitação deste edifício permitiu colocar, ao nível do r/c, serviços como a entrada/recepção, uma livraria, um bar/cafetaria, bem como outros serviços adjacentes, enquanto o 1º piso, constituído por sete salas, recebe em permanência a Colecção Graça Morais.

O segundo edifício faz a ligação entre o solar e a principal sala de exposições temporárias, compreendendo a circulação entre exposições temporárias e permanentes, as salas de serviço educativo, o gabinete administrativo, o centro de documentação e uma sala de reuniões.

Na sua cobertura, o edifício tem, em toda a sua extensão, uma zona ajardinada por um tapete vegetal rasteiro, enquanto o pavimento interior é revestido a massa autonivelante, assente sobre laje térrea de betão armado.

O terceiro corpo, é uma construção de raiz, feita a partir de uma estrutura metálica revestida a isolamento térmico tipo “cappotto-viero”, com cobertura de zinco (camarinha) ou godo e corresponde à principal nave de exposições temporárias, de 240,00m2 e uma altura de 8,30m, podendo assim acolher obras de grande dimensão com as condicionantes de legislação internacional (luz, ventilação, ar condicionado, serviços de montagem, etc.).

No r/c encontra-se a zona das oficinas, zona de recepção de obras, monta-cargas e ainda as reservas de colecção.

Com entrada principal na rua Abílio Beça, o público tem também acesso ao espaço a partir da rua Emídio Navarro.