10 ANOS - A COLEÇÃO
ALBERTO CARNEIRO, ANA VIEIRA, ANDRÉ GOMES, ANTÓNIO DACOSTA, ARLINDO SILVA, BERNARDÍ ROIG, DVORA MORAG, EDGAR MARTINS, EDUARDO SOUTO MOURA, FERNANDO SINAGA, FILIPE MARQUES, GERARDO BURMESTER, GRAÇA MORAIS, LUÍS GORDILLO, LUÍS MELO, JOÃO CUTILEIRO, JOÃO FRANCISCO, JOÃO JACINTO, JOÃO LOURO, JORGE PERIANES, JOSÉ RODRIGUES, JÚLIO POMAR, JULIÃO SARMENTO, PEDRO CALAPEZ, PEDRO TUDELA, SANTIAGO IDÁÑEZ, SEBASTIÃO SALGADO, PAULA REGO, RUI SANCHES, ZULMIRO DE CARVALHO.
No momento em que se celebra o 10º aniversário, a presente exposição corresponde, de certo modo, não só a um desafio retrospetivo da primeira década de atividade deste Centro de Arte Contemporânea, mas também à ocasião em que se apresenta, pela primeira vez, a sua coleção.
Através da mostra extensiva e eclética deste conjunto de trabalhos, grande parte já pertencentes à coleção, propõe-se uma viagem retrospetiva à obra dos 30 artistas que, até ao momento, aqui apresentaram individualmente o seu trabalho.
Na sua dimensão plural, seja pela coexistência de distintas gerações e até nacionalidades representadas, seja pela multiplicidade de práticas que caracterizou o programa expositivo dos primeiros anos, os temas, como as soluções estéticas, são díspares, capazes de, e fora do contexto para o qual as obras foram produzidas, criar uma nova teia de relações.
A exposição, como a coleção, abre espaço a uma polifonia autoral, reveladora da pluralidade de trajetórias e opções plásticas dos artistas representados, mas também da diversidade de modos de operar que caracterizam a arte do nosso tempo, articulando-se, assim, criações de domínios tão distintos como o desenho, a pintura, a escultura, a fotografia, o vídeo e a instalação.
Ao mesmo tempo, trabalhos muito diversos permitem ainda o cruzamento de várias gerações de artistas. A par da presença de autores consagrados, ligados aos movimentos artísticos das décadas de 1960 a 1990, é também expressiva a relação de obras associadas ao fluxo criativo dos artistas da geração mais jovem, representativas de alguns dos mais emergentes e promissores territórios autorais, cujo percurso se tem desenvolvido nos últimos anos, em muitos casos, em franca internacionalização.
No entanto, num caso e noutro, na sua esmagadora maioria, os trabalhos apresentados são também contemporâneos deste Centro de Arte, datados e produzidos nas primeiras décadas do século XXI.
Curadoria: Jorge da Costa
Produção: Município de Bragança
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais