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A MAGIA DA CAÇA

2014/07/05 a 2015/01/25

 

Como personagens de um drama antigo, presa e caçador consubstanciam num conjunto de trabalhos realizados por Graça Morais, entre 1978 e 1979, em Paris, uma inquietante análise reflexiva em torno da organização da sociedade tradicional transmontana.

Numa aparente visão poética da vida no campo, marcada pela exuberância da paleta cromática com que satura as telas, Graça Morais introduz, a partir da temática da caça, questões sobre a legitimidade de um universo pautado pela ambivalência entre a condição do homem e da mulher, indiciada pelos subtis jogos de poder e submissão, de amor e morte, e nos conduz a mundos paradoxais e inesperados.
Mais do que um mero jogo de caça, simultaneamente mágico e cruel, a série é entendida como metáfora do desejo e do poder sobre a mulher e tem implícita a denúncia de um “brutalismo machista”, que a presença de objetos como a arma de caça intensifica.
Geralmente morta, a perdiz, como a lebre, é aqui, dentro do sistema plural de signos, uma “espécie de leitmotiv em tantas obras – é uma imagem de diferentes significações e de diferentes equivalências femininas.”
Reatando vínculos com o tema já antes tratado, aos trabalhos apresentados em finais da década de 1970, no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, associa-se agora, passados quarenta anos, uma significativa série de pinturas inéditas realizadas em 2010, onde, e na ausência da figura do caçador, domina por inteiro o feminino, seja em forma de mulher, lebre ou perdiz.

Comissário: Jorge da Costa
Produção: Centro de Arte Contemporânea Graça Morais /Câmara Municipal de Bragança

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