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Biografia

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Fotografias: Lucília Monteiro (1 e 2), Georges Dussaud (3) e Manuel Teles (4)

 

Maria da Graça Pinto de Almeida Morais nasceu no dia 17 de Março de 1948 em Vieiro, Trás-os-Montes. Concluiu o Curso Superior de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1971. Actualmente reside e tem o seu atelier em Trás-os-Montes e em Lisboa. Entre os anos de 1976 a 1979 viveu em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. É membro da Academia Nacional de Belas Artes e de diversas associações, confrarias e fundações culturais.

Desde 1974 até 2019 realiza e participa em mais de uma centena de exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro, de salientar a representação de Portugal na XVII Bienal de São Paulo (1983), e as exposições individuais no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1984) e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1985).
Em 2017, apresentou as exposições: Ressonâncias: da voz e dos ecos, na Fundação Champalimaud, em Lisboa; La Violence et la Grâce, na Fondation Calouste Gulbenkian, em Paris, onde também decorreu o colóquio internacional O Mito e a Metamorfose, iniciativa que reuniu uma vintena de especialistas da obra da pintora, em parceria com o Centre de Recherche sur les pays Lusophones, CREPAL, Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3, com curadoria de Helena de Freitas e Ana Marques Gastão. De destaque ainda, a exposição Humanidade, em 2018, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, e Metamorfoses da Humanidade, em 2019, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, em Lisboa, e no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto.

Em 2008, foi inaugurado o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM) em Bragança, da autoria do arquitecto Souto Moura, com uma exposição de obras da artista, representativas das várias séries entre 1982 e 2005, comissariada por João Fernandes. Desde esse ano, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais tem apresentado de forma permanente e continuada diversas exposições da artista, comissariadas pelo seu director Jorge da Costa.

Em Julho de 2018, na celebração do 10º aniversário do CACGM, foi criado o Laboratório de Artes na Montanha - Graça Morais (LAM-GM) que visa promover novas oportunidades para actividades de ensino e investigação baseadas na prática das artes no contexto de montanha, assim como estimular novas centralidades de intervenção científica e cultural de relevância internacional, com base na inventariação e criação de um centro de documentação sobre a obra da pintora Graça Morais. O Laboratório tem ainda como objectivo desenvolver um serviço de educação associado ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Câmara Municipal de Bragança e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Em 1993, criou a cenografia para as peças Os Biombos, de Jean Genet, no Teatro Experimental de Cascais, e, em 1995, a cenografia e figurinos para Ricardo II, de William Shakespeare, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, ambas encenadas por Carlos Avillez.

A vida e obra de Graça Morais foram objecto dos documentários As Escolhidas (1997), de Margarida Gil, Na Cabeça de uma Mulher está a História de uma Aldeia (1999), de Joana Morais, e Graça Morais e os Escritores (2017), de Luís Alves de Matos. Em 2011, Joana Providência coreografou Terra Quente Terra Fria, criado a partir da obra da pintora. Em 2015, o Teatro da Garagem estreou a peça Graça: Suite Teatral em Três Movimentos, a partir de textos de Graça Morais e António Tabucchi, encenada por Carlos J. Pessoa.

Foram executadas várias obras da pintora pela Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, que se encontram expostas na Assembleia da República Portuguesa, na Câmara Municipal de Lisboa, na Universidade Técnica de Lisboa, no Montepio Geral (Lisboa), na Pousada de São Bartolomeu (Bragança) e na Fundação Mário Soares.

Graça Morais ilustrou e colaborou com diversos poetas e escritores: José Saramago; Sophia de Mello Breyner Andresen; Agustina Bessa-Luís; Miguel Torga; Pedro Tamen; António Alçada Baptista; Manuel António Pina; Nuno Júdice; Clara Pinto Correia; José Fernandes Fafe; António Osório; Ana Marques Gastão; José Carlos de Vasconcelos, Valter Hugo Mãe, entre outros.

Foram escritas monografias, textos críticos e literários: António Mega Ferreira; Fernando de Azevedo; Egídio Álvaro; Fernando Pernes; Vasco Graça Moura, Sílvia Chicó; Rui Mário Gonçalves; Lídia Jorge; Manuel Hermínio Monteiro; Eduardo Lourenço; Maria Velho da Costa; João Pinharanda; José Manuel dos Santos; Bernardo Pinto de Almeida; António Carlos Carvalho; Bruno Musatti; Frederico Moraes; Maria João Fernandes; Ruth Rosengarten; Cristina Tavares Azevedo; José Viale-Moutinho; João Fernandes; Jorge da Costa; Laura Castro; António Tabucchi; Guilherme D’Oliveira Martins; Helena de Freitas; Ana Marques Gastão, entre outros.

A pintora tem intervenções artísticas em painéis de azulejos no Edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (Lisboa), na Estação de Bielorrússia do Metropolitano de Moscovo, na estação de comboios do Fogueteiro (Seixal) e na Estação de Metropolitano da Amadora – Falagueira; Painéis de azulejos no Mercado Municipal de Bragança, no Teatro Municipal de Bragança, na Caixa de Crédito Agrícola de Bragança, na Escola Miguel Torga, em Bragança, na Clínica de hemodiálise, em Mirandela, nas Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral, em Vila Real, e na Biblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães. Destacam-se ainda os painéis em azulejo no Viaduto de Rinchoa/Rio de Mouro, no Centro de Astrofísica e Planetário do Porto e na Central Hidroeléctrica de Vilar de Frades (Vieira do Minho).

Graça Morais está representada em várias colecções privadas e públicas: Assembleia da República, Millennium BCP, Banco Espírito Santo, Banco Português de Negócios, Culturgest, Cooperativa Árvore, Fundação Luso-Americana, Caixa Geral de Depósitos, Caixa de Crédito Agrícola de Bragança, Ministério da Cultura – Museu de Serralves, Ministério das Finanças, Museu de Angra do Heroísmo, Museu Municipal de Vila Flor, Museu Abade Baçal de Bragança, Museu Anastácio Gonçalves em Lisboa, Museu de Arte Moderna de São Paulo, C.A.M. – Fundação Calouste Gulbenkian, Colecção da Fundação Paço D’Arcos, Colecção Manuel de Brito, Colecção do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e Colecção do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.

Graça Morais foi agraciada com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, em 1997.

Para além de reconhecida e divulgada, a sua obra plástica tem conquistado ao longo dos anos inúmeros prémios e distinções. Recebeu, entre outros, o Prémio SocTip – Artista do Ano, em 1991; o Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira, em 1999; o Prémio de Artes - Casino da Póvoa, em 2011, e o Grande Prémio Aquisição da Academia Nacional de Belas-Artes, em 2013. Recebeu ainda a Distinção Mulheres Criadoras de Cultura, em 2014. Em 2015, foi homenageada pelo Plast&Cine, em Bragança. Em 2016, foi galardoada com o Prémio ‘Obra de Vida’ dos Prémios SOS Azulejo, em 2015. Em 2017, recebeu a Medalha de Mérito Cultural e Científico, Grau Ouro, de Vila Nova de Gaia e, em 2018, recebeu a Medalha de Honra do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Em Março de 2019 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural em nome do Governo Português, entregue pela Ministra da Cultura Graça Fonseca.

 

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Fotografia: Egidio Santos

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1948

Graça Morais nasce a 17 Março, em Vieiro, Trás-os-Montes, no Nordeste de Portugal.

Filha de Alda Pinto e Jaime Morais, seria a segunda de seis filhos.

1955

Frequenta a escola primária de Vieiro.
“Estudávamos todos juntos, e tenho ideia de uma grande confusão de coisas, a geografia e a gramática, a tabuada e a história. Eu desenhava. Cerejas, uma chávena e um bule que havia lá em casa.” (Graça Morais, 1984)

1957/58

Vive em Moçambique.
“Foi lá que o meu pai me deu a minha primeira caixa de aguarelas.” (Graça Morais,1984)

1959

Regressa a Vieiro. Começa a frequentar o colégio de Vila Flor.

1961

Ingressa no Liceu de Bragança. Nos anos seguintes, pinta os cenários para uma representação do Auto da Alma, de Gil Vicente, e colabora com o Ra-Tan-Plan, o jornal do liceu.
“Comecei a desenhar para as festas de fim de período, mas lembro-me que tinha saudades de Vieiro, da liberdade da aldeia.” (Graça Morais, 1984)

1964

Experimenta a pintura a óleo, pela primeira vez, copiando Courbet a partir de uma reprodução de um livro.

1965

Este foi um ano de interiorização e de muita inquietação. Pinta e desenha com os precários recursos de que dispunha. Mais tarde, quando viu pela primeira vez a pintura de Van Gogh, evoca as searas, os palheiros e os rostos dos camponeses do Vieiro.

1966/67

Regressa a Bragança para continuar a estudar e integra o corpo redatorial do Mensageiro de Bragança.
Ingressa na Escola Superior de Belas Artes do Porto para estudar pintura. Chagall (“umas estranhas cores, um ambiente místico que me atraíam”) e Van Gogh são as suas primeiras referências.

1970

Viaja, pela primeira vez, para fora de Portugal. Visita Londres, Amesterdão, Roterdão e Paris, e descobre, com deslumbramento, a pintura de Rembrandt e Van Gogh. Descobre a pintura de Francis Bacon.

“Em qualquer destas obras [as que Graça Morais viu na Tate Gallery] Bacon trabalha sobre os seus tópicos característicos: deformação e corrupção das formas afastam as suas figuras da figuração convencional, colocando-as per se no espaço de pintura (que, mais tarde, será consequentemente, o espaço de uma arena de circo).” (António Mega Ferreira. 1985)

1971

Casa com o pintor Jaime Silva, também aluno do curso de pintura da ESBAP. Conclui o curso superior de pintura, apresentando como trabalho final uma exposição-performance constituída por pinturas em sedas sobrepostas, vestidos pintados e biombos. No ano letivo de 1971/1972, começa a lecionar na área da pintura na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto.

1972/1974

Passa a residir em Guimarães, onde leciona Educação Visual, começando então o seu interesse pelo desenho infantil. Dessa experiência resulta a primeira série de trabalhos que constitui a sua primeira exposição individual, inaugurada em Janeiro de 1974, no Museu Alberto Sampaio, em Guimarães. No mesmo ano, a 19 de Abril, nasce a sua filha Joana.

1975

Participa nos II Encontros Internacionais de Arte, em Viana do Castelo.

1976/78

Em conjunto com oito artistas e um crítico de arte, funda o Grupo Puzzle, com o qual, durante dois anos, apresenta inúmeras exposições de pintura, instalações e performances, dentro e fora do país, destacando-se a exposição no Salon de la Jeune Peinture, em Paris, em 1977. Vive em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Conhece Arroyo e Rancillac e aprofunda o estudo da obra de Picasso, Matisse e Cézanne.
Em Maio de 1978 realiza uma exposição individual sobre “A Caça” no Centro Cultural Português, em Paris. Egídio Álvaro escreveu o prefácio para o catálogo.
“Um elemento chave: o papel com que se decoravam as prateleiras da cozinha, cheio de histórias, o caçador, o cão, um leitão, a paisagem, os pássaros. E, à volta destas histórias, Graça tece outras histórias, mistura o passado e o presente. Um olhar simultaneamente próximo e impiedoso.” (Egídio Álvaro, 1978)
Publica, no número 19 da revista Canal, um texto intitulado “Portugal. Retrouver et Dire sa Propre Vie”.

1979

Regressa a Portugal e passa a viver em Lisboa.

1980

Apresenta a série “O Rosto e os Frutos” na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.
“É estranha, inesperada, esta voracidade animal com que os doces frutos se organizam na escalada de um rosto. (Fernando de Azevedo, 1980)
Encontra um atelier na Rua de S. Paulo, a que também chamou “atelier da Bica”.

1981

Volta ao Vieiro, acompanhada pela filha, Joana. Durante dois anos, pinta e desenha intensamente, criando séries de grandes dimensões, como “Os Cães”, “Vieiro”, “Delmina” ou “Maria”. Aprofunda o interesse pelos mitos e rituais do mundo rural, começando a definir-se o que se tornaria uma obsessão na sua pintura.

1982

Visita Westkunst, em Colónia, Kassel e a Bienal de Veneza. Ganhou o 2º Prémio da Bienal de Lagos com a série “Os Cães”. Participa na exposição “Dessin Contemporain Portugais”, em Bona, Osnabruck e Lausanne. Em Setembro, nasce o filho João, que viveria apenas algumas horas. Ficou gravemente doente e durante meses não pintou.

1983

Retoma o seu trabalho no Vieiro e começou a sua relação profissional com Manuel de Brito, realizando, na Galeria 111, em Lisboa, uma exposição de pinturas e desenhos de rostos de mulheres e perdizes, com citações da Guernica de Picasso, a que Fernando de Azevedo se referiu, no catálogo, como ”Depois do Rosto e dos Frutos”.

“Foi através [da exposição na 111J que se consolidou o chão que Graça Morais pisa: porque, ocupada a superfície escrita, se equilibra em todo o conjunto, a significância do branco, descobrindo-se por aí o específico peso do silêncio que preenche o terreno delimitado pelas linhas, cada vez mais cheias e marcadas, pincelada ou traço de carvão, como quem marca o território inviolável onde se desenha uma aventura sem paralelo, a que conduz o pintor à mais funda reflexão sobre a sua linguagem.” (António Mega Ferreira, 1985)

Sommer Ribeiro convida-a a integrar a representação portuguesa na Bienal de S. Paulo, no âmbito da qual o seu trabalho receberia uma boa aceitação da crítica, nomeadamente de Frederico Morais e Mário Barata. Bruno e Jeannette Musatti convidam-na a expor em S. Paulo e recebe o 1º Prémio na Exposição Nacional de Desenho, realizada pela Cooperativa Árvore, Porto. Ainda em 1983, a Caixa Geral de Depósitos adquiriu “Vieiro”, pintura a pastel sobre lona.

1984

Num atelier improvisado na Rua Borges Carneiro, em Lisboa, realiza vinte pinturas/desenhos de grandes dimensões sobre lona, que viriam a ser expostas no Museu de Arte Moderna de S. Paulo, no Brasil. O catálogo da exposição, intitulada “Mapas e o Espírito da Oliveira”, incluía textos da autoria de Sommer
Ribeiro, Frederico Morais, Bruno Musatti e Fernando de Azevedo.

“E aqui se percebe quão grande é a sensibilidade de Graça Morais, nessa luta pela sobrevivência, nos gritos que saem do fundo da alma, nas mãos abertas em defesa ou protesto, nas lágrimas do homem ou de um animal, na flor que desabrocha de uma gota de sangue, num mundo em que os homens e bichos parecem fundir-se num mesmo rosto.” (Bruno Musatti, 1984)

Na mesma altura, António Mega Ferreira começa a escrever a monografia “Graça Morais: Linhas da Terra”, publicada pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda no ano seguinte. Integra a exposição “Onze Jovens Pintores Portugueses”, organizada pelo crítico de arte Rui-Mário Gonçalves, no Instituto
Alemão em Lisboa.

1985

Em Fevereiro expõe a série “Mapas e o Espírito da Oliveira” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

“Na presente série, os rostos das mulheres emergem interiormente do ritmo caligráfico geral do desenho. E, tematicamente, temos facas, tenazes, mutilações, matança ritual, seja de porcos ou cavalos, e visões estranhas; mais ainda, esses elementos são expressos fragmentária ou elipticamente, indicando o facto sem necessidade de recorrer a uma narração literal.” (Mário Barata, 1985)

Separa-se de Jaime Silva. Expõe as séries “Mapas e o Espírito da Oliveira” e “Erotismo e Morte” na Universidade de Granada. O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian adquiriu, para a sua coleção, uma pintura da série “Mapas e o Espírito da Oliveira”. Participa na “Féminie 85” na Maison de l'UNESCO, em Paris, e expõe no World Trade Center de Nova Iorque, no âmbito da exposição “Portugueses Contemporary Artists”. É apresentada a monografia “Graça Morais: Linhas da Terra”, de António Mega Ferreira (Imprensa Nacional – Casa da Moeda) com uma edição especial encadernada de 250 exemplares, numerados e assinados pelos autores, e acompanhados por uma edição de serigrafia, assinada e numerada pela artista.

1986

Começa a construir um atelier no Vieiro. Visita a Itália para conhecer melhor a pintura de Giotto, Piero della Francesca e Fra Angelico. Realiza o cartaz comemorativo dos 25 anos da Amnistia Internacional. Participou nas exposições “Kunstler aus Nordportugal”, na Alemanha e Luxemburgo, “Le XXième au
Portugal”, em Bruxelas, “Arco 86”, em Madrid, “VII Bienal Pontevedra”, em Espanha, “Nine Portuguese Painters”, na John Hansard Gallery e em Southampton, em Inglaterra.

1987

A pedido de José Saramago ilustra uma reedição do seu livro O Ano de 1993. Expõe a série
“Evocações e Êxtases” na Galeria 111, de que fazia parte a pintura “Alda, Espelho do Mundo”, adquirida pela Secretaria de Estado da Cultura. Em Julho, a convite de Paula Rêgo vai para Londres, onde trabalha num atelier contíguo ao de Paula, beneficiando da amizade e da convivência com a pintora e com o seu marido, Vic Willing. Representa Portugal na exposição “Eighty”, que percorreu várias cidades europeias. Integra as exposições “Arte Contemporáneo Português” no Museu Espanhol de Arte Contemporânea, em Madrid, “70/80 Arte Portuguesa”, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e “Five Portuguese Artists”, na Art Society of the International Monetary Fund, em Washington.
Morre o seu pai Jaime Morais.

1988

A convite do Embaixador José Fernandes Fafe desloca-se a Cabo Verde. Aí, fotografa, desenha e pinta pessoas anónimas, em que as mulheres assumem particular destaque. Sócia fundadora da primeira editora cabo-verdiana independente, a Ilhéu Editora, que se estreou com a publicação de O Testamento do Senhor Napummuceno da Silva Araújo de Germano de Almeida.

Assina o desenho da capa e quatro ilustrações para O Príncipe Imperfeito, de Clara Pinto Correia.

1989

Da residência artística em Cabo Verde resulta uma exposição no Centro Cultural Português, na Cidade da Praia, no Mindelo, em Cabo Verde, e na Galeria 111, em Lisboa.

“O cromatismo local, a cor da terra escura e a cinza perpassam nesta série em que se registam algumas realidades locais (...) Retratos de mulheres, representações de brinquedos, temas ligados à lavoura e à vida campestre, no fundo já presentes na obra da autora, transitam para esta série, em que poderíamos dizer que se não fosse o refrear de uma truculência surrealizante, apenas se tinha verificado uma mudança de cor de pele nas personagens retratadas.” (Sílvia Chicó, 1997)

Encontra o seu atelier na Costa do Castelo. A Manufactura de Portalegre executa sobre cartão seu a tapeçaria “Amanlis” e a Galeria Ratton encomenda um painel de azulejos baseado na pintura “A Anunciação”. Integra a exposição “Portugal Hoy, 30 Pintores”, no Centro Cultural DeI Conde Duque, em
Madrid.

1990

A convite do Instituto Cultural de Macau expõe no Pavilhão do Jardim DO LOU LIM IOC, com um recital de guitarra portuguesa por Pedro Caldeira Cabral.
“Sob o signo da metamorfose. Uma viola é também um barco, avançando no continente desconhecido do corpo e do mundo, sedutores como os frutos. A máscara tem a presença de um rosto vivo e as figuras olham-nos com a fixidez de máscaras.” (Maria João Fernandes, 1990)

Participa na exposição “A Survey of Portuguese Art”, no Magidson Fine Art, em Nova Iorque.

Realiza a capa e oito ilustrações para Curriculum Vitae, de José Fernandes Fafe.

1991

Recebe o prémio SOCTIP – Artista do Ano, no âmbito do qual se realizou um livro-álbum de textos críticos e pinturas representativas da sua obra. Realiza o painel de azulejos para o novo edifício da sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa. Integra a exposição “Art in Ibero / American Embassies”, no Art Museum of the Americas Gallery na Organization of American States, em Washington.

1992

Visita o Japão a convite de Helena Vaz da Silva para acompanhar o Centro Nacional de Cultura e pintar um diário dessa viagem (com textos de Jorge Borges de Macedo e Alberto Vaz da Silva). Em Outubro expõe a série “O Mundo à Minha Volta”, na Kimberly Gallery, em Washington, e na Scott Allan Gallery, em Nova Iorque. Ruth Rosengarten prefaciou o catálogo. Participa na exposição “Arte Portuguesa 1992”, em Osnabruck, na Alemanha.

1993

Realiza, a convite de Carlos Avillez, a cenografia para a peça Os Biombos de Jean Genet, levada a cena em Julho, pelo Teatro Experimental de Cascais. Exposição antológica da sua obra pela Câmara Municipal de Guimarães, no Paço dos Duques de Bragança. Participa na exposição “Os Biombos Portugueses”, no Museu Azabe, no Japão, no Museu de Arte de São Paulo, no Brasil, e na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Casa com o músico Pedro Caldeira Cabral.

1994

Para a inauguração da Galeria da Mitra, a Câmara Municipal de Lisboa reúne pinturas das séries “Vieiro”, “Mapas e o Espírito da Oliveira”, “Evocações e Êxtases” e “Tudo à Minha Volta” numa exposição antológica com catálogo prefaciado por Silvia Chicó. Faz parte da exposição “Waves of Influence, Cinco Séculos do Azulejo Português”, no Everson Museum of Art, nos E.U.A. Inauguração da exposição “Graça Morais na coleção da Fundação Paço D'Arcos”, Museu da Água, em Lisboa.

1995

Desloca-se a Londres e a Strattford, de Janeiro a Abril, com vista à realização de um trabalho de levantamento e pesquisa para a elaboração da cenografia e figurinos da peça Ricardo II, levada a cena no Teatro Nacional D. Maria II, com encenação de Carlos Avillez. Expõe a série “As Escolhidas” na Galeria 111, em Lisboa com catálogo prefaciado por Manuel Hermínio Monteiro.

“[…) É certo que ganharam aqui um sentido épico na sua evidência inequívoca.

Mas isso deve-se à comprometida sensibilidade da pintora, que cada vez mais procura à sua volta uma parte fundamental de si mesma.” (Manuel Hermínio Monteiro, 1994)

Está representada na exposição “Coleção Manuel de Brito – Imagens da Arte Portuguesa do século XX”, no Museu do Chiado, em Lisboa, no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, Brasil. Expõe na FIAC, pela Galeria 111, em Paris.

1996

Expõe na Galeria 111, no Porto. Desloca-se a Moscovo, com a finalidade de estudar o espaço ampliado da estação Bielorrússia, onde serão colocados painéis de azulejos da sua autoria. A realizadora Margarida Gil inicia as filmagens para um documentário sobre Graça Morais para a RTP2.

1997

Em Janeiro inaugura uma exposição antológica na Culturgest, em Lisboa, intitulada “Memória da Terra, Retrato de Mulher” cujo comissário da exposição foi Fernando Pernes. Os textos do jornal desta exposição são da autoria de Fernando Pernes, Sílvia Chicó e Rui-Mário Gonçalves. Esta mostra antológica esteve também patente de Abril a Maio, no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto.

Inaugura em Agosto os painéis de azulejos de sua autoria para a estação de metropolitano Bielorrússia, em Moscovo. Em Outubro expõe na Galeria Ratton, em Lisboa, os painéis de azulejos “Os Cães”, com textos de catálogo de Pedro Tamen. É editado o livro Graça Morais, com textos de Vasco Graça Moura e Sílvia Chico, patrocinado pelo Banco BPI.

1998

Expõe Geografias do Sagrado, na Galeria 111 do Porto.

1999

A mesma exposição é apresentada em Itália, na cidade de Trento, e em Lisboa, no Palácio Foz. Expõe Sete Tapeçarias na Galeria Tapeçarias de Portalegre, em Lisboa, e a série Anjos da Montanha, na Galeria Ratton. Joana Morais produz e realiza o documentário Na cabeça de uma mulher está a história de uma aldeia, sobre a sua vida e obra.

2000

Expõe a série Terra Quente – Fim do Milénio,
na Galeria 111, em Lisboa.

2001

Apresenta, em Paris, a mesma série no Centro Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian e Deusas da Montanha: Uma Inflexão Luminosa no Instituto Camões. No mesmo ano é editado Orpheu e Eurydice, com poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen e pinturas da artista.

2002

Exposição na Galeria 111, em Lisboa: A Idade da Terra.

“A Graça talvez não possa, nem queira, chegar à Idade da Pedra. Mesmo os seus retratos em ardósia foram ternas inscrições tumulares, lousas da menina das tranças. Que é infantil, a sua mundividência?

Não, bem feminina, já foi dito – mas mediterrânica, de um arcaísmo mais fiel ao luto que à retaliação.” (Maria Velho da Costa, 2002)
É apresentado o livro O Reino Maravilhoso, com texto de Miguel Torga e pinturas de Graça Morais.

2003

A convite da Câmara Municipal de Aveiro realiza a exposição antológica A Terra e o Tempo Pintura e Desenho 1987/2003, no Museu da República Arlindo Vicente, em Aveiro, comissariada por Fernando Pernes. É editado o livro/catálogo com texto de Fernando Pernes e entrevista com Ana Marques Gastão.
“Com Graça Morais acontece, de facto, uma humildade cheia de dignidade, a conduzir o convulsivo à aproximação duma serenidade, agora, frequentemente também, propicia tó ria da radical simplicidade expressiva.” (Fernando Pernes, 2003)

2004

Concebe painéis de azulejos para a estação de Metro da Amadora e para a central eléctrica de Vilar de Frades. É editado o livro O Segredo da Mãe, com texto de Nuno Júdice sobre pinturas de Graça Morais (Quetzal).

2005

Expõe, na Galeria 111 do Porto, a série Visitação.

“Como não ver nestes rostos martirizados, como no horror destas cabeças degoladas de animais, máscaras da morte e do tempo? Como não reparar no modo como a pintura tende como que a desmaterializar-se e a libertar-se da figuração, precipitando-se na expressão extrema?” (Manuel António Pina, 2005)
É editada uma monografia sobra a sua obra Uma Geografia da Alma, com textos de Fernando Pernes, Fernando de Azevedo, João Pinharanda, Ana Marques Gastão, Sílvia Chicó, Nuno Júdice, Hermínio Monteiro, Maria Velho da Costa (Bial). Exposição antológica, no Centro Cultural de Cascais, Retratos e Auto-Retratos, comissariada por Sílvia Chicó. Residência artística, em Sines, durante o Verão, e exposição Os Olhos Azuis do Mar, na inauguração do Centro das Artes; livro editado com texto de António Mega Ferreira e fotografia de Augusto Brázio.

2006

Expõe no Centro Nacional de Cultura, Lisboa Orpheu & Eurydice (pinturas da artista e poemas
de Sophia de Mello Breyner Andresen).

“Graça Morais em pautas de música ilustra a força de Orpheu com Eurydice e da poesia Sophia de Mello Breyner leva-nos pelos territórios fantásticos de um mito que tem tudo a ver connosco, sempre… O Centro Nacional de Cultura é o melhor local para este diálogo.” (Guilherme D’Oliveira Martins, 2006)
É apresentada na Galeria da Cordoaria Nacional, Lisboa, a exposição Graça Morais na Coleção da Fundação Paço D’Arcos – Pintura, Desenho e Azulejo 1982 a 2006.

“Sedução, paixão, simples desejo de capturar uma obra ou ser capturado por ela, o facto é que a coleção existe, e que podemos traçar uma história em que duas vidas se cruzam, a da pintora e do colecionador. […] Trata-se no entanto de uma coleção que está em permanente atualização e cujo núcleo forte de trabalhos se encontra centrado nas décadas de 80 e 90 […] Mas muitas outras obras se somam a estas desvendando percursos que se cruzam numa espinha dorsal que é o sentido mais profundo da obra de Graça Morais.” (Cristina Azevedo Tavares, 2006)

2007

Expõe no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante, Silêncios – Pintura e Desenho (org. Cooperativa Árvore). É apresentada a exposição In-sofrimento no Museu Municipal Edifício Chiado, Coimbra.

“Sofrimento, in sofrimento, as suas palavras ficam guardadas do outro lado da máscara de alguém que se encontra ante a ribeira amarga do que se não pode esquecer. […] Quando Graça Morais faz estas pinturas que estão aí, ela murmura sobre as mulheres da sua tribo transmontana, articula séculos de silêncio de sangue seco.” (José Viale Moutinho, 2007)

É apresentado, no Porto, no Café Guarany, o livro As Metamorfoses, coautoria Agustina Bessa-Luís e Graça Morais.

“Este feliz encontro com Graça Morais merece bem o título de maneiras de ser. Somos uma só identidade em múltiplas formas de conhecer o vasto mundo e os seus milagres. Como Carolina e Alberta, somos como irmãs que se desvelam a honrar a mãe Terra, eterna não diremos, mas preparada por nossas mãos empreender o voo, um dia, para outro lugar no espaço. (Agustina Bessa-Luís, 2005)

2008

É inaugurado em Bragança o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, de autoria do
Arqº Eduardo Souto Moura. João Fernandes comissariou a primeira exposição Graça Morais – Pintura e Desenho 1982/2005 realizada nas sete salas destinadas ao acervo da artista, constando também algumas obras doadas por Graça Morais ao Centro de Arte Contemporânea/Câmara Municipal de Bragança.

“A pintura e o desenho sempre se cruzaram na obra de Graça Morais. […] Por vezes, uma inaudita e surpreendente violência contamina a afetividade com que a artista redefine e reinterpreta as figuras que representa, como se elas fossem personagens de uma tragédia antiquíssima, mas sempre presente.
Nas obras reunidas para o Centro que agora se inaugura, dedicado ao seu trabalho, encontram-se exemplos de desenhos e de pinturas onde tais conflitos surgem evidentes: dos retratos de mulheres transmontanas às figuras masculinas representativas da sexualidade e da morte, dos animais de caça aos desenhos de cenas quotidianas de intensa serenidade, uma cosmologia singular se desvenda.” (João Fernandes, 2008)
Expõe Desenhos do Mar e da Terra 1983-2007, no Lugar de Desenho – Fundação Júlio Resende, Gondomar.

“Quando se anuncia uma exposição de Graça Morais nunca se trata de mais uma exposição. É precisamente o caso presente. A artista cultiva o confronto com uma naturalidade surpreendente. Imparável na busca da Verdade mais Verdadeira, é no panorama da arte portuguesa um caso paradigmático de robusta determinação em avançar sem cedências a um mundo desacreditado pela manipulação de objetivos nem sempre compreensíveis. O desenho é sempre um sinal da verdade resultado de complexas forças do instinto para um significado de linguagem. Graça Morais está no lugar certo, estando no Lugar do Desenho.” (Júlio Resende, 2008)

2009

Inaugura na Galeria Ratton, Lisboa, a exposição de pintura e desenho A Máscara e o Tempo.

“Mesmo num percurso longo, de inquestionável originalidade e coerência como o de Graça Morais existem para si própria dúvidas, formulam-se perguntas sem resposta até ao último minuto, no exercício de crítica em que a artista se distancia voluntariamente da sua obra para se colocar na posição do observador atento, interpelando a sua inteligência sensível, os seus valores éticos, reflexo de uma identidade própria ligada a uma geografia de afetos que percorre a sua vida e se espelha nas pinturas e desenhos aqui apresentados.” (Pedro Caldeira Cabral, 2009)

2010

O Centro de Arte Manuel de Brito apresenta no Palácio Anjos, Algés, um conjunto de obras em pintura e em desenhos pertencentes à Coleção Manuel de Brito, destacando-se as grandes pinturas sobre tela da série Cabo Verde (1988-1989).

“No seu trajecto de vida, Graça Morais sente-se uma nómada. […] Na série Cabo Verde (1988/89) a pintora revisitou mais uma vez os mitos ligados à natureza e aos animais exóticos, como os répteis (exponenciados numa enorme cobra imaginada). Estes quadros resultaram de uma estadia de dois anos no local, interrompida com idas e voltas. A rudeza, o lado agreste e quase inóspito das paisagens de Cabo Verde, aliados à simpatia e simplicidade das gentes captaram a atenção e despertaram a imaginação da pintora.” (Miguel Matos, 2010)

Inauguração de duas exposições em torno de textos e poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, Anjo de Timor e Orpheu & Eurydice, Casa Fernando Pessoa, Lisboa.

“Graça é a serra escarpada, Sophia o mar aberto. Sobre as duas brilha o mesmo céu – a mesma indomável coragem de olhar de frente sol, estrelas, chuvas e tempestades. Nada as intimidou, nunca – cada uma pegou no que tinha e não tinha para combater o medo e a morte através da beleza, por definição inexpugnável. Ambas souberam arrancar às trevas a claridade – Graça através da força do desenho e do escândalo denso da cor, Sophia através de palavras faiscantes como pedras batidas pelas ondas. Vinham de mundos opostos, encontraram-se no relâmpago do olhar que define o infinito da cumplicidade. Desse encontro nasceram dois livros, duas exposições – um encontro íntimo e universal, como tudo aquilo em que elas tocam, para lá do tempo. Graça é a serra escarpada (...) através da força do desenho e do escândalo denso da cor (...).” (Inês Pedrosa, 2010)

2011

Apresenta a exposição Metamorfoses, Pintura e Desenho 2000/2010, comissariada por Jorge da Costa, com obras do acervo e da coleção da Caixa de Crédito Agrícola de Bragança, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança.

“Com um forte vínculo à terra que cultivam, as mulheres do universo pictórico de Graça Morais, tema recorrente e estruturante de toda a sua obra, surgem, agora, num jogo iconográfico de associações insólitas, reconfiguradas pelo processo de alomorfia.” (Jorge da Costa, 2011)

Expõe Tempo de Cerejas e Papoilas, Trás-os-Montes, 2011, na Galeria Ratton, Lisboa, pinturas realizadas tendo como motivo a criação de um painel em azulejos produzido pela Ratton Cerâmicas que será colocado na fachada da nova Clínica de Hemodiálise em Mirandela.
“Tempo humano, sem dúvida, nem há tempo que o não seja. O tempo da consciência do tempo, que exprime nas suas figuras agarradas à terra como se nunca tivessem sido crianças, como se nunca se tivessem erguido noutros espaços que os do silêncio e do esforço.” (Júlio Moreira, 2011)

É homenageada pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro. O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais e a Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual (APECV) organizam a IX Edição do Concurso de Artes Plásticas "À Descoberta das Nossas Raízes com Graça Morais", dirigido a todos os alunos de todos os níveis de ensino, do pré-escolar ao ensino superior. Apresenta uma nova exposição (renovação do acervo) no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Terra Quente – Terra Fria, Desenho e Pintura 1978-2002, Bragança, comissariada por Jorge da Costa. Estreia no Teatro Municipal de Bragança o espetáculo coreográfico a partir da obra de Graça Morais, Terra Quente, Terra Fria, direção de Joana Providência, com itinerância por todo o país. É atribuído o Prémio de Artes Casino da Póvoa’2011. Inaugura na Cooperativa Árvore, no Porto, a exposição 2011: A Caminhada do Medo, conjunto de obras sobre papel, catálogo com textos de Laura Castro e Antonio Tabucchi.

É membro da Academia Nacional de Belas Artes e de diversas associações, confrarias e fundações culturais. Foi agraciada com o grau Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuída pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, em 1997.

A biografia, até 2005, é baseada no texto escrito por António Mega Ferreira para os livros Graça Morais, Linhas da Terra, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1985, e Os Olhos Azuis do Mar, Edição Patrícia Reis.004, 2005.

 

Blog pessoal de Graça Morais

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