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PEDRO TUDELA

PRE

2014/11/15 a 2015/01/25

 

O percurso artístico de Pedro Tudela (Viseu, 1962) tem vindo a desenvolver-se sobre a exploração de múltiplas conexões entre o campo sonoro e o visual, que materializa a partir da utilização e combinação de meios de expressão muito diferentes, como a pintura, o desenho, a fotografia, a escultura e a instalação. Tirando partido daquilo que lhe interessa em cada medium, a sua obra é indiciadora de um território de relações, de contaminações e acumulações que se vêm estabelecendo entre o campo visual e a potencialidade plástica do som, que, como elemento abstrato e imaterial, é presença cada vez mais assídua e transversal nas suas intervenções. Incorporado em muitas das suas peças escultóricas, o som tem vindo a adquirir, como matéria manipulada, não apenas o estatuto de elemento invasor e complementar, mas também de prolongamento das imagens e dos objetos, abrindo simultaneamente a obra a atmosferas sonoras e plásticas arredadas de qualquer narrativa prévia.
Cada obra é o resultado de inesperadas associações conceptuais e formais que realiza a partir de uma criteriosa reutilização e da intersecção de uma pluralidade de objetos ou fragmentos com os mecanismos sonoros.
Os dispositivos físicos, como altifalantes e toda uma profusão de cabos e outros mecanismos de difusão que incorporam os trabalhos escultóricos, surgem associados a uma panóplia de materiais ou frações de objetos apropriados ao quotidiano que, sem perderem a matriz que os remete para a sua função anterior ou deixarem de se representar a si mesmos, apontam simultaneamente para novas e inusitadas relações, para um novo objeto plástico.
A interdisciplinaridade, inerente à heterogeneidade dos meios que mobiliza, ao seu processo de trabalho, bem como à tomada de posição em cada uma das diferentes tipologias artísticas, afasta, em grande medida, a obra de qualquer tentativa de categorização mais tradicional.
A palavra <pre> que titula a presente exposição, aponta, de algum modo, para uma revisitação ou olhar retrospetivo sobre o amplo e multifacetado trabalho artístico já produzido ou “pré-produzido” por Pedro Tudela, ao mesmo tempo sublinha a importância que o recurso a códigos da linguagem virtual, do erro digital e da suspensão da palavra vêm tendo no seu trabalho.

Comissário: Jorge da Costa
Produção: Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
                   Câmara Municipal de Bragança

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