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JOÃO JACINTO

A CASA AFUNDADA

2016/01/30 a 2016/04/10

 

As árvores, as casas, os corpos ou os rostos que João Jacinto (Mafra, 1966) transpõe para as folhas de papel são sempre os mesmos. Os elementos, encontrados pelo acaso, são usados numa prática diária da pintura e do desenho que se repete, em séries, até à exaustão.
Entre a abstração e a figuração, João Jacinto exercita múltiplas variações do mesmo elemento, que não possui, entre si, mais que uma mera diferença de aparência; como se o sentido último de cada obra realizada pudesse, afinal, ter sido outro ou só alcançado na seguinte.
Esta reiteração incessante de imagens, como o seu potencial de transformação, processos e tempos de construção são questões centrais em todos os seus trabalhos, dos mais íntimos aos de grande escala.
Os temas surgem da necessidade de os materializar como pinturas, onde parece não haver outra relação com a realidade que não seja a da própria pintura, mesmo que depois se nos insinuem ambíguos ou perturbadores, como a sucessão de cabeças de mulheres amordaçadas ou a série de desenhos eróticos.
O sentido da realidade, como habitualmente o vemos ou objetivamos, parece afundar-se ainda à medida que submergimos o olhar na asperidade das florestas, densas, crépidas, quase espectrais, onde a prevalência da cor negra lhes acentua a dimensão fantástica.
A exposição que agora se apresenta reúne um número significativo de trabalhos inéditos, maioritariamente de grande formato, que testemunham a evolução de uma obra que se vem desenvolvendo em torno de uma pintura tendencialmente tão monocromática como austera e matérica.

Comissário: Jorge da Costa
Produção: Município de Bragança
                   Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Colaboração: Galeria Fernando Santos

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