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CENTRO DE INT. DA CULTURA SEFARDITA

PROJETO DO ARQUITETO SOUTO MOURA

2013/07/19

Localizado na Rua Abílio Beça, no edifício contíguo ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano resulta da reconversão e beneficiação, cujo projeto é da autoria do galardoado arquiteto Souto Moura, do antigo imóvel que acolhia a sede dos Escuteiros.

Com investigação de conteúdos a cargo do Professor António Marques de Almeida, da Universidade de Lisboa, o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita pretende dar conhecer às atuais gerações um pouco daquilo que foi a significativa e marcante presença judaica na região, permitindo, assim, uma revisitação àquilo que a historiografia afirma terem sido as vivências dos judeus sefarditas que habitaram o Nordeste Transmontano.

O Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano deverá, igualmente, “dar voz” às vivências das comunidades residentes, aquelas que não entraram em diáspora, que se fixaram à terra que lhes foi berço e que em sítios como Carção, Izeda, Chacim e Bragança, entre outros, sofreram a impiedade dominante, a humilhação das consciências, a sobrevivência que o criptojudaísmo possibilitou em condições históricas profundamente dramáticas. Essas mesmo que legaram uma tradição e uma cultura de que honra os transmontanos e que é imperioso preservar como património para as gerações advenientes.

O Centro de Interpretação da Cultura Sefardita ajudará, assim, a compreender o passado histórico dessas comunidades que são, sem sombra de dúvida, as raízes das gentes bragançanas e transmontanas.

Desta forma, o espaço organiza-se como um conjunto de textos escritos, da recolha das tradições orais, da documentação de arquivo, de testemunhos vários e de cartografias diversas. Toda esta informação estará ajustada à construção de uma narrativa que cruza o tempo do acontecido com o tempo da leitura do visitante. Este será confrontando com o desafio de pertencer a um tempo e ouvir vozes de outro.

Orçado em cerca de um milhão de euros, o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita integrará a Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefar