EDGAR MARTINS
THE TIME MACHINE
O trabalho de Edgar Martins regista, de modo dominante, interiores de barragens (corredores, túneis e poços, maquinaria vária, salas das máquinas e salas de comando, quadros de controlo, ferramentas de trabalho, feixes de cabos, etc.) e acrescenta-lhes alguns momentos de disrupção, através de algumas escassas imagens dos canais ou lençóis de água que, no interior, alimentam toda a produção elétrica.
Ao pensar as opções de título para o seu trabalho, o artista, procurou encontrar sentido produtivo em The Time Machine e experimentou ainda o enriquecimento desse sentido num complemento de título para esta série como “An Incomplete and Semi-Objective Study of Hydropower Stations”.
A primeira hipótese revela-nos a operação temporal a que estas fotografias procedem: “máquinas do tempo”, são não só as máquinas das centrais hidroelétricas (seus acessórios tecnológicos e espaços arquitetónicos onde se inserem) são também as câmaras fotográficas com que regista e fixa o tempo das outras máquinas.
A segunda hipótese de título indica que estas fotografias (que aceitam o carácter sempre incompleto de qualquer levantamento) revelam um carácter “semi-objectivo”, ou seja, que são pensadas como imagens estéticas e não como documentos históricos. (…)
Comissário: João Pinharanda
Produção: Fundação EDP
Câmara Municipal de Bragança
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais